Funcionários da Suzantur vão à Câmara de Mauá para protestar

Motoristas e cobradores da empresa de ônibus Suzantur realizaram protesto na Câmara de Mauá, ontem. Com faixas contra o regime de trabalho, a principal reclamação dos funcionários se deu pela possibilidade de exercerem dupla função ao trabalhar como motoristas e cobradores ao mesmo tempo.

As reivindicações foram ouvidas pelos vereadores, que defenderam a disposição da gestão Atila Jacomussi (PSB) em conversar com a categoria. Segundo os parlamentares, a intenção do Executivo é manter a separação das funções – disseram existir a possibilidade de audiência com o prefeito após o Carnaval.

RECLAMAÇÕES

No dia 17 de fevereiro, o presidente da Câmara, Admir Jacomussi (PRP), enviou à Prefeitura ofício com questionamentos a respeito da atuação da Suzantur no município de Mauá.

Segundo o documento, foram encontradas várias irregularidades, como número de frota de ônibus menor em relação ao que determina o contrato e aumento no intervalo entre os veículos.

Além disso, o questionamento cobrou providências contra a existência de veículos com ano de fabricação anterior a 2014 e falta de limpeza nos ônibus da frota.

Desde quando assumiu a operação do transporte coletivo, há dois anos, a Suzantur já promoveu a extinção de uma linha de ônibus, que ligava o Jardim Zaíra ao Terminal Sônia Maria, e a redução de itinerário em outras três. O fato gerou reclamações por parte da população.

Não satisfeitos com o modelo atual, usuários relatam insatisfação com o serviço, citando problemas no intervalo entre os coletivos e no sistema de bilhetagem, também gerenciado pela empresa.
No início de sua operação na cidade, a empresa foi acusada de descumprir edital que previa circulação de veículos novos.

Procurada pelo DGABC a Prefeitura de Mauá informou que intensificou a fiscalização dos serviços prestados pela Suzantur.

Em nota, o governo afirma que a empresa está em processo de compra de 100 ônibus novos e busca financiamento junto à Caixa. O edital prevê que a idade média da frota não pode ultrapassar cinco anos, e que atualmente não chegaria a dois anos.

“O prefeito Atila Jacomussi reitera o compromisso por um sistema de transporte público eficiente, moderno e de qualidade, que satisfaça as necessidades dos passageiros”, completou a administração pública. 

Extraído Do Diário do Grande ABC - Humberto Domiciano

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