terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Prefeito eleito de Osasco é alvo de prisão preventiva

Operação do Ministério Público investiga um esquema fraudulento de funcionários na Câmara Municipal da cidade da Região Metropolitana de São Paulo

O prefeito de Osasco, Rogério Lins, em imagem na última eleição, em outubro de 2016 (Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress)


O Ministério Público do Estado de São Paulo deflagrou mais uma fase da Operação Caça Fantasmas na manhã desta terça-feira, mirando o prefeito eleito de Osasco (SP), Rogério Lins (PTN). Há 15 mandados de prisão preventiva sendo cumpridos neste momento. Um deles é contra Lins, que não foi encontrado em seu endereço e possivelmente está em viagem fora do país; os outros são contra vereadores da Câmara Municipal de Osasco. A Polícia Militar também cumpre 15 mandados de busca e apreensão. A ação é feita em conjunto com a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).

A operação investiga um esquema fraudulento de funcionários fantasmas na Câmara de Osasco que movimentaram cerca de 21 milhões de reais. Há suspeitas de que os vereadores também captavam parte do salário de seus servidores. A Justiça de São Paulo também deferiu o afastamento cautelar de 202 pessoas envolvidas no caso. Os presos estão sendo encaminhados para a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Osasco.

O inquérito, que tem 117 volumes e foi iniciado em agosto de 2015, resultou na denúncia de 217 pessoas protocolada na Justiça esta semana. A denúncia foi desmembrada em 14 partes – uma para cada vereador. A última fase da Operação foi deflagrada em junho deste ano, quando 38 mandados de busca e apreensão e seis prisões em flagrante foram feitas. Na ocasião, o gabinete do então pré-candidato à prefeitura que é vereador foi um dos imóveis vasculhados.

Uma das zebras das eleições deste ano, Lins ganhou a disputa municipal em cima do atual prefeito Jorge Lapas (PDT), com 61% dos votos contra 38% do adversário.



Por Eduardo Gonçalves (Revista Veja) 

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