DGABC destacou que chefe da Segurança é ex-policial preso.
Foto: Robson Fonseca.
Prefeito eleito de Mauá, o deputado estadual Atila Jacomussi
apresentou mais cinco futuros secretários municipais, nesta terça-feira (20).
Com este anúncio, o próximo governo municipal contabiliza 16 indicações.
"Estamos organizando o time que vai fazer a
Mudança em Mauá. Seguimos critérios técnicos nestas escolhas, indicamos
administradores para organizar a gestão pública de Mauá. Essa é mais uma prova
de que o nosso governo não será um governo de planas, mas sim de realizações,
entregas de obras e resultados que vão trazer qualidade de vida ao povo",
explicou Atila.
Paulo Sérgio Pereira será o secretário de
Administração e Modernização. No currículo dele, o destaque é o cargo de
superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) e secretário
de Obras.
A Secretaria de Educação será administrada por Fernando
Coppola, administrador com especializações na Inglaterra e Argentina. A Pasta
de Obras ficará a cargo de José Carlos Orosco Júnior, que traz a experiência
dos cargos que ocupou como superintendente da Sama e secretário da Pasta de
Administração e Modernização.
O setor da Segurança Pública Municipal será chefiado
por Anderson Simões, o Sargento Simões, especialista em Segurança e professor
da área. A Hurbam (Habitação e Urbanização de Mauá) será administrada pelo
ex-prefeito e ex-vereador Diniz Lopes.
DGABC destacou que chefe da Segurança
é ex-policial preso

A investigação foi feita, na época, pelo Gaeco (Grupo de
Atuação Especial contra o Crime Organizado) ABC, que responsabilizou Sargento
Simões (como é conhecido) por vender e instalar o aparelho por R$ 5.000,
apelidado de “kit placa”. O equipamento era colocado no painel dos veículos e,
quando acionado, movia as placas dianteira e traseira, impedindo a
identificação do carro. O mecanismo foi montado em veículos da sua firma, a
Fortin Segurança Patrimonial Ltda. Ontem, Simões disse, em entrevista reservada
após o fim do anúncio oficial de secretários, que não era mais empresário do
ramo, mas dados da Jucesp (Junta Comercial de São Paulo) revelam que a firma
está na ativa e Simões é dono da empresa.
No ato de ontem, o futuro secretário de Segurança Pública
negou veementemente as irregularidades. “Não era crime, não era verdade e não
existiu”, justificou Simões, suplente de vereador em Mauá por duas eleições
(2008 e 2016).
Quando veio à tona o caso, porém, Sargento Simões disse ao
Diário que usava o dispositivo para sua segurança pessoal porque era “muito
visado na cidade”. “Fui acusado de um crime que não cometi. Tanto não era crime
que o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) julgou o processo extinto por
inexistência de crime”, sustentou, ao se referir à decisão de segunda instância
proferida um ano depois da prisão e que arquivou o caso por falta de provas.
Atila não quis comentar o caso e se limitou a ressaltar que
a polêmica “não rendeu punições” ao ex-sargento na PM. Para o sargento
reformado, o episódio não coloca em xeque sua atuação à frente da Pasta de
Segurança.
Como antecipado ontem pelo Diário, além de Simões, Atila
confirmou o ex-prefeito interino e ex-vereador Diniz Lopes (PSB) no comando da
Hurbam (Habitação Popular e Urbanização de Mauá), autarquia de prestígio
restrito no governo. Outro nome confirmado foi o do presidente do PRP mauaense,
Paulo Sérgio Pereira, no controle de Administração; Fernando Coppola, o Xuxa
(PMDB), vai para Educação e José Carlos Orosco Júnior (PMDB) ficou com a Pasta
de Obras.
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