sábado, 3 de dezembro de 2016

Médicos voltam ao trabalho, mas cogitam outra greve em Mauá

Reprodução

Um dia após cruzarem os braços em protesto por salários atrasados, médicos contratados pela FUABC (Fundação do ABC) e que atuam na rede pública de Saúde de Mauá aprovaram, em assembleia realizada ontem, estado de greve. A nova reivindicação é o pagamento da primeira parcela do 13º salário. A promessa é de outra paralisação, na quinta-feira, por tempo indeterminado, caso os valores não sejam pagos até a quarta-feira.
O SindSaúde ABC (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Privados de Saúde no Grande ABC) vai protocolar documento com a proposta aprovada ontem junto à FUABC e Prefeitura de Mauá na segunda-feira. Segundo o presidente, Almir Rogério da Silva, os trabalhadores irão respeitar a lei de greve, que garante funcionamento de 30% do efetivo para serviços essenciais. “Quero deixar bem claro que não vamos deixar ninguém morrer. Aqueles que forem de urgência e emergência serão atendidos, porque vamos fazer escalonamento com os trabalhadores”, afirmou.
Almir também garantiu que o sindicato vai estudar formas de cobrar judicialmente a Prefeitura, responsável por repassar o dinheiro para a FUABC. “Vamos discutir isso com o nosso setor jurídico. Se houver alguma representação, nós iremos fazer”, concluiu.
A FUABC informou que a primeira parcela do 13º salário dos trabalhadores da Saúde do município de Mauá será quitada na quarta-feira. “A segunda parcela está em planejamento financeiro junto à Prefeitura”, esclareceu. Já a administração Donisete Braga não se posicionou sobre o tema.

NORMALIZADO
A paralisação realizada pelos médicos que atuam em Mauá na quinta-feira – em protesto por salários atrasados, problema solucionado ontem – deixou o município em estado de caos em relação ao atendimento. Sem opção, moradores superlotaram o Hospital Nardini, que registrou espera de três horas para triagem.
Na tarde de ontem, a equipe do jornal percorreu UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Na Vila Magini, a aposentada Maria José de Barros, 69 anos, acompanhava o filho que estava em observação por conta de fortes dores abdominais. Ela destacou que não houve espera longa para que o médico consultasse o filho.


Via Diário do Grande ABC

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