Único petista de Mauá com mandato a partir da próxima legislatura, o atual presidente da Câmara, Marcelo Oliveira, evitou se projetar politicamente para a disputa pelo Paço em 2020. Após perder a reeleição no dia 30 de outubro, Donisete Braga (PT) ainda não disse se voltará a brigar pela cadeira.
Além de o PT amargar derrota histórica na corrida pela Prefeitura de Mauá – o último revés foi há 24 anos –, será a primeira vez que a sigla, acostumada a ganhar na cidade, contará apenas com um representante no Legislativo mauaense. Desde 1982, o petismo abocanha, no mínimo, três vagas na Casa de Mauá e chegou a emplacar oito vereadores em 1988. Em 2012 foram cinco.
Nos bastidores, a avaliação é que esse cenário fortalece o nome de Marcelo internamente, já que soma-se a isso a derrota de figuras antigas no partido, como o vereador José Luiz Cassimiro e o ex-vice-prefeito Paulo Eugenio Pereira Junior. De olho nesse espaço, Marcelo tem adotado a discrição.
“A discussão (sobre o pleito de 2020) é prematura, até porque temos importantes lideranças no PT. Nosso foco agora é trabalhar para reorganizar nossa militância e continuar dialogando com os setores da sociedade no sentido de termos propostas para o desenvolvimento da cidade. No momento oportuno discutiremos possíveis candidaturas a deputado e a prefeito”, despistou.
A avaliação interna é que Donisete errou ao desenhar coligação proporcional do PT com PRB e PTB nestas eleições, afetando a vitória de mais nomes petistas – a aliança rendeu uma cadeira a cada um desses partidos. Para completar, depois de eleito, o republicano Gil Miranda decidiu apoiar Atila Jacomussi no segundo turno. Oficialmente, porém, petistas atrelam o revés ao desgaste da sigla por conta do impeachment de Dilma Rousseff (PT) e da Operação Lava Jato.
Marcelo prometeu “continuar cobrando a execução do plano de governo prometido, assim como o fizemos durante gestões do PT”. “Torço para que o Atila realize um bom mandato”, disse.
Via Diário do Grande ABC
0 comentários:
Postar um comentário