quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Paralisação de técnicos radiológicos continua

A paralisação dos serviços de radiologia do Hospital Nardini, em Mauá, entra hoje no sexto dia. Embora a Prefeitura prometa o retorno do atendimento realizado por 22 técnicos terceirizados da SPX Imagens amanhã, o Sintaresp (Sindicato dos Tecnólogos, Técnicos e Auxiliar em Radiologia de São Paulo) nega qualquer acordo com a administração. A gestão Donisete Braga (PT) deve R$ 700 mil à empresa.
Sem os serviços de radiografia e tomografia, o atendimento é restrito a pacientes internados em estado crítico, fazendo com que a população realize exames de raio X nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).
De acordo com o porta-voz do Sintaresp, Mário Cesar Mandoca, a Secretaria de Saúde não deu posição sobre o pagamento dos funcionários até o final da tarde de ontem. “Como não entraram em contato conosco, a paralisação continua. A população está pagando pela falta de compromisso da Prefeitura”, salienta.
Enquanto esperava o irmão do lado de fora do hospital, o autônomo Flávio Murakame, 28 anos, conta que teve de ir até a UPA Barão de Mauá (longe cinco quilômetros do Nardini). “Meu irmão deslocou o dedo. Mesmo não sendo tão grave, tivemos de perder muito tempo para a realização do exame em outro local”, reclama.
Com o braço quebrado, o gráfico Edeilson Roberto, 29, também teve que se dirigir até a UPA Barão de Mauá para realizar o exame. “Acabei de chegar da UPA, que também está cheia. Todos estão indo pra lá”, comenta.
“Ouvi muitas pessoas reclamando por não conseguirem fazer o exames de raio X”, revela a secretária Samatieli Souza, 27. “Tive sorte de não precisar desses serviços paralisados, porque (o hospital) está lotado, cheio de macas pelos corredores.”
Em nota, a Prefeitura de Mauá informou que o impasse acerca do atraso nos pagamentos foi solucionado durante tratativa entre representantes do Paço, Nardini e da SPX Imagens. O Executivo reforçou que os “moradores atendidos no pronto-socorro do hospital não deixam de realizar os exames porque são encaminhados para os serviços que compõem a rede municipal de Saúde, como as UPAs.”

Via Diário do Grande ABC

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