quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Mauá herda dívida histórica, garante Jacomussi

“É a maior dívida da história”, afirma prefeito Atila Jacomussi

“É a maior dívida que a cidade tem na sua história de restos a pagar”, foi assim que o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), comentou os números da dívida da Prefeitura deixada pelo seu antecessor, Donisete Braga (PT). Em anúncio realizado nesta quarta-feira (18), o socialista afirmou que os restos a pagar do município chegam a R$ 178 milhões e ainda vai aumentar.
“A administração anterior tinha passado um número na casa de R$ 85 milhões, como foi noticiado em alguns jornais. Mais foi apurado pelo nosso departamento jurídico e a nossa Secretaria de Finanças que a dívida real da cidade, quando se fala de restos a pagar, é de R$ 178 milhões”, explicou Jacomussi que também revelou que a dívida geral de Mauá chegou a R$ 983 milhões, quase chegando ao orçamento municipal que está estimada em R$ 1,1 bilhão.
Em relação aos restos a pagar, ainda falta fechar a conta em relação a área da Saúde. O líder desta pasta, Marcio Chaves, entregará na próxima semana o relatório final. A estimativa é que o número anunciado seja aumentado devido à expectativa em torno da dívida do município com a Fundação ABC. O chefe do Executivo preferiu não fazer uma nova estimativa.
Atila Jacomussi fez duras críticas aos projetos orçamentários apresentados por Donisete Braga durante sua gestão. “Nos últimos quatro anos de gestão petista em Mauá, o que foi apresentado de orçamento era fantasioso. Dos quase R$ 300 milhões que viriam do PAC para Mauá, entraram apenas R$ 11 milhões. Grande parte desses recursos nunca foi empenhado. Então não basta querer mentir para si mesmo. Não vamos mentir para o povo de Mauá”, explicou.
Questionado sobre a possibilidade de decretar o estado de calamidade financeira, Atila disse que “neste momento não pensa nisso, mas são números alarmantes. Não seria nenhum absurdo fazer este decreto, até porque é a maior dívida da história deixada por um prefeito para outro receber”.
Medidas
Em meio as críticas a gestão anterior, Atila assinou os decretos com as medidas econômicas da Prefeitura (Foto: Divulgação)
O prefeito assinou quatro decretos com as primeiras medidas para diminuir a crise financeira do Executivo mauaense. A primeira é o contingenciamento de 30% do orçamento previsto para este ano. A segunda medida é determinar aos secretários que adotem políticas visando a redução de pelo menos 15% do custeio de suas pastas, inclusive para Saúde e Educação. “Faremos isso sem que prejudique a máquina pública e os serviços”, afirmou.
As outras duas medidas são a criação de duas comissões. A primeira é a Comissão de Gestão de Crise Financeira que terá 180 dias para fazer avaliações sobre todos os gastos do governo de Donisete Braga.
A segunda comissão é a de Gestão de Gastos e será responsável em avaliar as possibilidades de cortes em relação ao planejamento desta gestão. Ambas terão como membros pessoas indicadas pelas secretarias de Governo, Finanças e Jurídico. Este segundo grupo será permanente.

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